sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

A formação de grandes blocos econômicos folha 1,2,3 e 4

A formação de grandes blocos econômicos

A globalização acirrou ainda mais a competição econômica entre os países e desencadeou uma verdadeira guerra comercial na disputa por novos mercados.
Na tentativa de conquistar esses mercados e ampliar a participação no comércio internacional, muitos países estabeleceram alianças e aprofundaram suas relações comerciais com outros países por meio da formação de grandes blocos econômicos. Alguns desses blocos surgiram há cerca de mais de cinco décadas e outros são mais recentes, como o Mercosul, do qual o Brasil faz parte, formado em 1991. O Nafta (North American Free Trade Agreement), que em português significa "Acordo de Livre Comércio da América do Norte" que entrou em vigor em janeiro de 1994. A União Européia, no entanto, vem sendo constituída desde o final da década de 1950.
Para a formação dos blocos econômicos, os países firmam acordos comerciais entre si, estabelecendo a eliminação de barreiras alfandegárias, a cobrança de impostos reduzidos e equivalentes para seus produtos e, ainda, a livre circulação de mercadorias, pessoas e serviços entre os países membros, além de outras medidas. Todas elas visam estimular as relações de comércio entre esses países.
Muitos países que participam do comércio internacional são membros da OMC (Organização Mundial do Comércio), que promove e regulamenta as transações comerciais para que nenhum país seja lesado.

A União Européia

Depois da Segunda Guerra Mundial, o surgimento de duas superpotências, Estados Unidos e União Soviética, estimulou alguns países europeus a se unirem economicamente. Com isso, poderiam fortalecer-se em suas relações com os Estados Unidos, com a União Soviética e também com outros blocos de países. Ao mesmo tempo, acabariam com as disputas que tanto os haviam enfraquecido.
Em 1958 foi criado o Mercado Comum Europeu (MCE), também chamado de Comunidade Econômica Européia (CEE). No início, o MCE reuniu seis países: França, Alemanha Ocidental, Itália e os países do Benelux.
Unindo-se economicamente, os países-membro dessa organização obtiveram muitos benefícios. Isso despertou o interesse de outros países europeus. Em 1973, o Reino Unido, a Irlanda e a Dinamarca ingressaram na CEE. Em 1981 foi a vez da Grécia e, em 1986, de Espanha e Portugal.
No final de 1991, os doze países da CEE assinaram o Tratado de Maastricht, ampliando os objetivos de um mercado comum. Por esse documento, comprometeram-se a eliminar quaisquer barreiras existentes entre eles, tendo em vista a livre circulação de mercadorias, dinheiro e pessoas. Pelo mesmo tratado, ficou estabelecida a criação de uma moeda única até o final do século e foi introduzida a noção de cidadania européia.
A União Européia é formada pelos países da Europa desenvolvida. Esses países ficaram arrasados pela Segunda Guerra Mundial e depois tornaram um dos principais centros da economia mundial contemporânea.
Ao término da Segunda Guerra, a Europa estava arruinada, e grande parte de seu setor produtivo estava destruído. Aproveitando - se dessa situação, os EUA lançaram um projeto de reconstrução daqueles países, conhecido como Plano Marshall.
O maior objetivo do governo norte - americano era consolidar sua influência sobre aquela região, impedindo o avanço do socialismo soviético, que já se expandia pelo Leste Europeu.
A ajuda econômica norte - americana se deu por meio de grandes financiamentos, o que permitiu uma rápida recuperação dos países destruídos pela guerra. Contudo, a euforia causada pelo crescimento econômico da Europa, decorrente da ajuda recebida com o Plano Marshall, não eliminou o rancor existente entre os países, antigos inimigos de guerra. Essa situação poderia fazer renascer os nacionalismos que tinham originado o recém - terminado conflito. A fim de impedir que as rivalidades se intensificassem, houve uma articulação política, sobretudo entre franceses e alemães, para criar projetos que permitissem a integração econômica e social entre seus países.
Desde então, os acordos se estenderam a outras nações, culminando com a formação da atual UE. Houve uma grande integração econômica entre os países da Europa desenvolvida, com exceção da Islândia, Noruega e Suíça, que ainda não aderiram ao bloco.

Constituição ou formação da União Européia

1951 - Assinatura do Tratado de Paris para a criação da CECA (Comunidade Européia do Carvão e do Aço), que reuniu seis países: Alemanha Ocidental, França, Itália, Bélgica, Holanda (Países Baixos) e Luxemburgo. Com esse tratado, estabeleceu - se a livre circulação de carvão, ferro e aço entre os países membros, como forma de dinamizar o crescimento de seus respectivos parques industriais.
1957 - Assinatura do Tratado de Roma, que transformou a CECA na CEE (Comunidade Econômica Européia). Esse tratado assegurou a livre circulação de pessoas, mercadorias (com pagamento de imposto único), serviços e capitais entre os países membros.
1973 - A CEE aceita a adesão do Reino Unido, da Dinamarca e da Irlanda.
1981 - A Grécia é aceita na CEE.
1986 - Portugal e Espanha também se integram à CEE.
1990 - A ex - Alemanha Oriental é incorporada à CEE após sua reunificação com a Alemanha Ocidental.
1993 - Entra em vigor o Tratado de Maastricht (na Holanda), que substitui a denominação CEE por União Européia. O tratado prevê o aprofundamento da integração entre os países membros, tanto no âmbito econômico quanto político e militar.
1995 - A União Européia recebe a adesão de mais 3 países: Áustria, Finlândia e Suécia.
2004 - A União Européia recebe a adesão de mais 10 países que antes de 1990 eram socialistas e que com a queda do socialismo entrou para a economia de mercado. Conseguindo integrar com os demais países da U.E. passa a fazer parte do bloco econômico. São eles: Chipre, Eslováquia, Eslovênia, Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia, Malta, Polônia e República Checa.
2007 – No dia 01/01/07 houve a adesão de mais dois países: a Bulgária e a Romênia.

As instituições da União Européia

A formação da União Européia tem sido um processo longo e gradativo, que se dá por meio de inúmeros tratados que visam a consolidar e ampliar as relações entre os países membros. O bloco econômico europeu, por ser o mais antigo (formado há mais de 50 anos), serviu também de modelo para a formação dos demais blocos econômicos que hoje atuam no cenário geopolítico mundial, como o Nafta, o Mercosul e a Apec. As características da U.E, contudo, diferem bastante daquelas apresentadas pelos demais blocos econômicos, o que se explica, principalmente, pelo fato de sua integração encontrar-se em um estágio bem mais avançado. Prova disso é que a U.E possui um conjunto de instituições com poderes próprios, cujas decisões devem ser seguidas pelos governos, empresas e cidadãos de todos os países membros. A legitimidade legada a essas instituições confere à U.E uma espécie de poder supranacional. O quadro abaixo mostra as principais instituições que regem a U.E e quais são as suas atribuições funcionais básicas.
Tabela a parte
Mesmo com a existência das instituições, os Estados membros ainda possuem soberania para determinar suas políticas econômicas e sociais internas. Ás instituições da U.E cabem decisões mais amplas, que devem atender aos seguintes setores e abranger as seguintes metas:
Econômico: regulamentar as taxas de juros, mantendo o controle inflacionário e garantindo a emissão do euro, moeda única que deverá ser utilizada por todos os países da União Européia.
Social: estabelecer prioridades sociais, como o combate ao desemprego e o controle sobre a imigração;
Ambiental: formular metas que visem à preservação do meio ambiente, como, por exemplo, a proteção de parques e reservas naturais e o combate à poluição;
Militar: criar um sistema de defesa comum, com a organização de um único conjunto de forças armadas.
A realização de todos esses objetivos, todavia, tem sido uma tarefa extremamente árdua, na medida em que a efetivação de tais mudanças nem sempre coincide com os interesses de todos os países.
A sede da U.E fica em Bruxelas, na Bélgica. Algumas instituições do bloco também estão sediadas na França e em Luxemburgo.


União Européia na busca pala hegemonia mundial

Tabela a parte

A tabela sobre os indicadores econômicos, mostra que a União Européia, assim como os E.U.A e o Japão, constitui hoje uma das principais potências do cenário econômico mundial. A posição de destaque em que se encontra o bloco europeu decorre principalmente do fato de seu PIB já ter ultrapassado o dos E.U.A e de seu comércio representar cerca de 40% do total mundial. A pesquisa foi feita entre 1993 a 2000, portanto, com apenas os 15 países que formavam a U.E na época.
Essa expressividade econômica alcançada pela União Européia no Mundo demonstra que a integração entre aqueles países tem sido um grande sucesso. Além de levar a Europa a uma condição de destaque no quadro econômico mundial, a consolidação da U.E vem sendo responsável por uma nova configuração no panorama geopolítico atual.
Geopolítica é a relação de poder entre os países, ou seja, a forma pela qual os Estados fazem a sua política no plano geográfico ou espacial. São elementos de fundamental importância na geopolítica o poderio militar de cada país, bem como os planos e os estratagemas de cada Estado com vistas a manter ou reforçar o seu poder, tanto na escala internacional como dentro de suas sociedades. Essa estratégia, essa técnica de planejar e executar movimentos bélicos, possui também uma dimensão espacial ou territorial: é a geoestratégia.
O fortalecimento do bloco, associado ao fim da Guerra Fria, vem contribuindo para o estreitamento dos laços políticos entre os países membros, condição fundamental para evitar a ocorrência de conflitos naquele continente. Alguns países ex - socialistas do Leste Europeu, que solicitaram sua adesão à U.E, foram aceito pelo bloco em 2.004: Chipre, Eslováquia, Eslovênia, Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia, Malta, Polônia e República Checa. Essa adesão significa que as cicatrizes ideológicas, deixadas por décadas de isolamento entre os países da Europa ocidental (capitalista) e oriental (socialista), foram eliminados do continente.
Guerra Fria foi a disputa ideológica entre os Estados Unidos (capitalista) e a ex-União Soviética (socialista). Os Estados Unidos (capitalista) impediam o avanço do socialismo e a União Soviética (socialista) impedia o avanço do capitalismo.
Ideologia é um conjunto de idéias, capitalista, socialista, religiosa ...

A reunificação das antigas Alemanha e UE X EUA folha 5

Apesar de ter sido arrasada após a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha conseguiu se reconstruir graças aos financiamentos e investimentos obtidos dos Estados Unidos no pós-guerra. Por ter recebido ajuda de países socialista e capitalista teve que ser dividida em Alemanha Ocidental (capitalista) e Alemanha Oriental (socialista). A partir de 1990, com a queda do socialismo, houve a reunificação da Alemanha.
A Alemanha é a economia de mercado mais importante da Europa e uma das três grandes potências econômicas do mundo, juntamente com os Estados Unidos e o Japão. A reunificação das antigas Alemanha Ocidental (capitalista) e Oriental (socialista), no final da década de 19980, fez surgir a maior potência econômica da União Européia e a terceira maior economia do mundo, atrás apenas dos E.U.A e do Japão. Atualmente, a Alemanha unificada cresce em níveis espantosos. Com um PIB três vezes superior ao brasileiro, a nação germânica (Países do Norte da Europa) abriga importantes centros financeiros, como Berlim (capital do país), Bonn e Frankfurt; abriga também as mais importantes aglomerações industriais da Europa, como aquelas dos vales dos rios Reno e Rhur e das cidades de Colônia e Hamburgo. Os maiores destaques da indústria alemão são as multinacionais do setor automobilístico, como a Volkswagem, a Mercedez–Bens e a BMW, empresas que possuem subsidiárias em vários países do mundo. A sede da Volkswagem fica em Wolfsburg, na Alemanha.
O Muro de Berlim que separava a Alemanha Ocidental (capitalista) da Alemanha Oriental (socialista), construído primeiro de arame farpado e depois de bloco e cimento foi considerado símbolo da Guerra Fria.

União Européia X Estados Unidos

Além das mudanças que a UE ainda deverá provocar no próprio continente europeu, o fortalecimento desse bloco econômico também acarretará transformações no cenário geopolítico internacional.
Nas últimas décadas, a UE intensificou suas relações com outros países do mundo. Na medida em que isso ocorreu, os EUA perderam parte de sua hegemonia mundial, sobretudo aquela estabelecida durante a Guerra Fria, quando havia maior influência dos norte - americanos sobre os países europeus capitalistas que se opunham ao bloco socialista.
Para evitar esse declínio político, o governo norte-americano vem ampliando sua influência sobre outras regiões do globo. Logo após o estabelecimento do Tratado de Maastricht, por exemplo, no início da década de 1990, os EUA articularam a formação do Nafta ( Acordo de Livre Comércio da América do Norte), que incluiu o México e o Canadá. Assim, o Nafta constituiu uma estratégia do governo norte - americano para estender os domínios econômicos do país e fazer frente ao fortalecimento do bloco europeu.
É justamente por esse motivo que os EUA também vinha-se empenhando na criação do Alca (Acordo de Livre Comércio das Américas). A concretização desse acordo garantiria a dominação da economia norte-americana sobre os países latino- americanos e ainda contribuiria para inviabilizar um possível acordo de cooperação econômica entre a América Latina e a União Européia.A maior pressão norte-americana feita na América Latina foi no final da década de 90 e início de 2000.
O que o governo norte-americano pretendia, na época, com a assinatura do ALCA, era manter seu poder de influência no mundo, visto que a UE estava criando condições econômicas e políticas que possibilitavam concorrer com os EUA em escala planetária.

Euro e dólar: uma disputa? Folha 6 UE

O governo dos EUA tenta se apresentar fleumático, e o público norte - americano não parece preocupado com a criação do euro. [...]
O euro será o primeiro rival de verdade que o dólar terá de enfrentar pela condição de primazia absoluta no mercado financeiro mundial desde que ele substituiu a libra esterlina, na década de 1940.
Em nenhum momento nos últimos 60 anos, o marco alemão ou iene japonês chegaram perto de se constituir em ameaça ao dólar.
Nada garante que o euro terá sucesso. Os altos índices de desemprego nos países que o adotarão e as incertezas sobre a capacidade ou o desejo de eles virem a subordinar seus interesses nacionais aos da região são razões para dúvida.
Por outro lado, a "euroland" tem tudo para tornar sua moeda atraente a investidores dispostos a ganhar no mercado europeu.
O risco dos EUA não está apenas na perda de prestígio e influência internacionais. O próprio estilo de vida da população do país poderá ser alterado em poucos anos pelo eventual sucesso do euro. [...]
A força do dólar tem atraído para os EUA vastas quantidades de capital estrangeiro, que vem ajudando a financiar empréstimos a taxas de juros menores no país. [...]
Se o euro for tão confiável quanto o dólar e os investidores resolverem passar pelo menos parte de seu dinheiro para a nova moeda, os efeitos poderão ser: escassez de recursos para financiar os gastos do consumidor norte - americano, elevação das taxas de juros nos EUA e desvalorização do dólar.[...]
A moeda única da UE entrou em circulação no ano de 1999; desde então, diversos eventos foram realizados com o objetivo de promover o euro. Exemplo, um espetáculo de dança apresentado por artistas alemães em frente ao Banco Central Europeu, na cidade de Frankfurt, na Alemanha.
Carlos Eduardo Lins da Silva. In: Folha de S. Paulo, 25/12/1998.

O dólar na economia mundial

Ao término da Segunda Guerra Mundial, os EUA, na condição de grande credor internacional, afirmaram sua hegemonia econômica no mundo. Essa posição, entretanto, já havia se tornado bastante evidente na Conferência de Bretton Woods, realizada e1944 nos EUA. Essa reunião teve por objetivo planejar a estabilização da economia mundial, profundamente abalada pela guerra. Naquela ocasião, o dólar norte-americano estava tão valorizado que se tornou a moeda de referência no mercado internacional, ou seja, o valor das mercadorias comercializadas entre os países passou a ser definido em conforme a cotação dessa moeda no mercado mundial. Nessa conferência nasceram também as duas maiores organizações financeiras mundiais, o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o BIRD (Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento). Essas organizações foram criadas para fornecer ajuda financeira, por meio de empréstimos em dólares, aos países em dificuldades econômicas, como os mais pobres e, sobretudo, os afetados pela guerra. Desde então, esses organismos vêm servindo para consolidar ainda mais a supremacia política e econômica dos EUA no mundo.
Empresa de câmbio (compra e venda de moedas estrangeiras, ou seja, troca entre moedas). Ex. Em Tóquio, no Japão, em agosto de 1999, precisava-se 111,70 ienes (moeda japonesa) para a compra de 1 dólar.

Os desafios econômicos, políticos e sociais da União Européia Folha 7 e 8 UE

Pesquisa revela ceticismo em relação a U.E.
Folha de S. Paulo, 26/01/200.
U.E faz 50 anos pesada, escorregadia, lenta.
O Estado de S. Paulo, 10/05/2000.
Dividida, Dinamarca diz não ao euro
Folha de S. Paulo, 29/09/2000. França assume UE em meio a divergência interna
O Estado de S. Paulo, 1/07/2000.

As manchetes apontam para o fato de que, apesar de se configurar como a iniciativa de integração econômica mais antiga e bem-sucedida em nível mundial, a UE tem ainda muitos problemas a serem resolvidos, a fim de continuar consolidando-se como um megabloco de países.
A desigualdade econômica existente entre os países membros tem sido um dos principais problemas enfrentados pelo bloco. Enquanto alguns países são altamente industrializados e servidos por uma moderna rede de transportes, como é o caso da Alemanha, Bélgica e França, outros países, como Portugal e Grécia, ainda são pouco articulados à rede viária européia, além de terem nas atividades primárias e terciárias suas maiores fontes de divisas. Esses aspectos criam, portanto, contrastes regionais entre os países pertencentes à UE.
Os problemas de ordem política e social também vêm sendo bastante discutidos nas reuniões entre os dirigentes europeus. Em nível político, a atuação de grupos terroristas separatistas e a ascensão de partidos xenófobos ao poder têm colocado em risco a democracia em alguns países da UE. Xenofobia é a aversão de pessoas ou coisas estrangeiras, ou seja, discriminação do imigrante.
No que se refere aos problemas sociais, o crescimento das taxas de desemprego e da pobreza entre os países membros vem gerando sérias preocupações. Calcula-se que, hoje, a taxa média de desemprego na UE seja de 9% do total da PEA, o que representa aproximadamente 15,6 milhões de trabalhadores sem emprego. PEA - é a população economicamente ativa. A modernização dos setores industrial e de serviços, a transferência de empresas européias para os países subdesenvolvidos e a entrada de grandes contingentes de imigrantes têm contribuído para uma significativa diminuição dos postos de trabalho e dos valores dos salários pagos pelas empresas. Como conseqüência, os governos dos países membros são obrigados a destinar maiores recursos para assistir à população mais pobre, que está crescendo de forma contínua.
A cada ano cresce o número de trabalhadores que buscam ajuda oficial dos governos da comunidade européia, como auxílio - moradia e seguro - desemprego. Atualmente, acredita - se que cerca de 11% da população da UE viva abaixo da linha de pobreza, recebendo menos de US$11 ao dia.
Outra grande dificuldade enfrentada pela UE é a oposição da população e de setores econômicos de alguns países a determinadas metas traçadas pelos dirigentes europeus no Tratado de Maastricht, em 1993. O fim do protecionismo para as atividades agropecuárias e a liberação da entrada de produtos agrícolas mais baratos no mercado europeu, por exemplo, vêm revoltando os produtores rurais de vários países membros.
Esses produtores sentem - se lesados pela diminuição do apoio financeiro oferecido pelo governo e também pela abertura de seus mercados à concorrência estrangeira.
A não-adesão ao euro por parte de alguns países membros importantes, como o Reino Unido, a Dinamarca e a Suécia, também coloca em risco as metas do Tratado de Maastricht. Nesses países, a opinião pública acredita que o euro, devido à sua instabilidade em relação ao dólar, não se sustentará como moeda forte por muito tempo. Dessa forma, a população recusa-se a abrir mão das moedas nacionais, que constituem símbolos do poderio econômico de seus países há várias décadas.
Países que aderiram ao euro: Bélgica, Alemanha, Grécia, Espanha, França, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Holanda ou (Países Baixos), Áustria, Portugal, Eslovênia, Chipre e Malta, Eslováquia e Finlândia em janeiro de 2009 . Com Eslováquia e Finlândia, Zona do euro passa a ter 16 países: Os próximos países a aderirem à Zona do euro são: Bulgária e Lituânia em janeiro de 2010. Estônia em janeiro de 2011. Hungria e Polônia em janeiro de 2012. Letônia e República Checa emjaneiro de 2013. E Romênia em janeiro de 2014.
Reino Unido, Dinamarca e Suécia conseguiram o direito de não aderir ao euro através de consulta popular feita com a população.
Também no que se refere à unificação monetária, outro aspecto que desagrada os europeus são as exigências contidas no Tratado, que obriga os governos dos países membros a adotar uma série de medidas econômicas, objetivando a diminuição do déficit público *. Entre essas medidas, estão: cortes nos gastos com serviços sociais, como educação e saúde; diminuição do quadro de funcionários públicos; e ampliação do tempo de serviço dos trabalhadores, aumentando a idade mínima para se aposentar. Isso significa a perda de benefícios sociais conquistados sobretudo nas últimas cinco décadas pelos trabalhadores desses países.
Protestos e manifestações contra a política econômica são muito freqüentes na Europa. Ex: Protestos contra a adoção do euro, ocorridos na Inglaterra em janeiro de 1.999, e as manifestações de agricultores em Carcassone, ocorridas na França em março do mesmo ano. Esses são alguns exemplos de como a opinião pública dos países da UE está dividido e, em muitos casos, insatisfeita com as decisões dos dirigentes do bloco.
Separatismo e xenofobia, desemprego e pobreza, desigualdades regionais e recusa à unificação monetária. Esses são alguns dos desafios que se colocam diante dos dirigentes europeus e que deverão ser resolvidos habilmente neste início de século, para que não ponham em risco a consolidação do projeto de uma Europa totalmente integrada, sem barreiras econômicas e unida em torno dos mesmos ideais políticos e sociais.
Déficit público: desequilíbrio no orçamento público que ocorre quando o Estado gasta mais do que arrecada.
Superávit quando há equilíbrio no orçamento público, isto é, o Estado gasta menos do que arrecada.

O bloco econômico japonês ou oriental

A APEC (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico) é um bloco que engloba economias asiáticas, americanas e da Oceania. Sua formação deveu-se à crescente interdependência das economias da região da Ásia-Pacífico. Foi criada em 1989, inicialmente apenas como um fórum de discussão entre alguns países parceiros econômicos da região do Pacífico, se tornando um bloco econômico apenas em 1993, na Conferência de Seattle, quando os países se comprometeram a transformar o Pacífico numa área de livre comércio.
A APEC é formada por 21 países membros, que são: Austrália; Brunei; Canadá; Chile; China; Cingapura; Coréia do Sul; Estados Unidos da América; Filipinas; Hong Kong; Indonésia; Japão; Malásia; México; Nova Zelândia; Papua-Nova Guiné; Peru; Rússia; Tailândia; Taiwan; Vietnã.
O principal objetivo do bloco é reduzir taxas e barreiras alfandegárias da região Pacífico-asiática, promovendo assim o desenvolvimento da economia da região. Por ser esse o principal objetivo, em 1994, na reunião de Bogor, os países se comprometeram a estabelecer uma zona de livre comércio até 2010, para os países desenvolvidos, e até 2020 para os países subdesenvolvidos. Muitos países já fizeram acordos de redução total ou parcial de tarifas, outros estão em processo de negociação. Em 1995, em Osaka, no Japão, os líderes da APEC adotaram a Agenda de Ação de Osaka, estabelecendo os três pilares das atividades do bloco: a liberação comercial e de investimentos, a facilitação dos negócios; a cooperação econômica e técnica.
A APEC é dividida em quatro grupos ou comitês, cada um responsável por determinada seção. O BMC ( Comitê de Gerenciamento e Orçamento ou Comitê de Orçamento e Gestão).é responsável pelos orçamentos e administração. O CTI (Comitê de Comércio e Investimento), comanda a facilitação e liberalização dos investimentos e do comércio. O EC (Comitê Econômico), conduz pesquisas e discussões que dizem respeito à economia. E o ESC (Comitê de Cooperação Técnica e Econômica), auxilia os líderes dos países membros na administração e coordenação das agendas.
Todos os anos acontecem as seguintes reuniões:
- Reunião dos líderes da APEC: Decidem a agenda política da APEC.
- Reunião dos ministros da APEC: Ocorre logo a seguir da primeira reunião, ministros da economia dos países decidem as atividades econômicas que serão tomadas pelos países.
- Reunião dos ministros setoriais: Especialistas em vários setores se reúnem para aconselhar as medidas que cada país pode tomar em cada setor.
- Reunião dos conselheiros econômicos: Estes conselheiros providenciam a APEC relatórios sobre a sua perspectiva de negócios e fazem recomendações para aumentar os negócios e os investimentos na região da APEC.
A criação da APEC muito contribuiu para o crescimento da região pacífico-asiática. Em sua primeira década de existência, 195 milhões de empregos foram criados, sendo 174 milhões nos países em desenvolvimento. O PIB da região triplicou e o dos países em desenvolvimento cresceu cerca de 74%. Investimentos internacionais aumentaram em 210% em toda a região e em 475% nos países em desenvolvimento. As exportações cresceram 113%, passando para mais de US$ 2.500 bilhões.
A segurança contra o terrorismo e contra doenças infecciosas também aumentou.
Atualmente a APEC engloba um terço da população mundial, ou seja, cerca de 2650 milhões de pessoas; seu PIB é de aproximadamente US$ 19.000 bilhões, 60% do PIB mundial; é responsável por cerca de 47% do comércio mundial, movimentando US$ 2.891 bilhões em exportações e US$ 3.094 bilhões em importações.
A APEC é formada por países muito distintos economicamente, politicamente, socialmente e culturalmente. Temos a maior potência mundial, o Japão e a China lado a lado com diversos países subdesenvolvidos. Para os EUA, a área de livre comércio é muito vantajosa, já que os principais produtos que importa são primários e matéria-prima, e exporta produtos industrializados. Já para os países subdesenvolvidos, a vantagem não é tão grande, já que eles aumentam a exportação, mas continuam dependentes da economia de países desenvolvidos.
Alguns países do leste africano questionam o objetivo da APEC, que acaba atuando como um mecanismo para abrir mercados e aumentar os lucros de países desenvolvidos, sem necessariamente beneficiar o conjunto da região.
Em 9 de setembro de 2005, os ministros das Finanças dos países membros da APEC se reuniram na Coréia e decidiram se unir para combater a alta do petróleo. Em um comunicado conjunto, os 21 membros da organização pediram “investimentos apropriados na produção de petróleo, nas capacidades de refinamento, além da transferência de tecnologia para a economia de energia”. Os ministros das Finanças pediram também uma redução nos sistemas de subsídio dos preços do combustível que mantêm artificialmente baixo o preço da gasolina ao consumidor, causando uma “distorção da demanda”. Vários países asiáticos, incluindo a China e a Indonésia, ainda dispõem de tais sistemas.
A China tem o maior percentual de crescimento entre os países membros da APEC, chegando a 7,8% mesmo com a epidemia de SARS em 2003, e não ficando abaixo de 7% nos anos seguintes. O país é considerado a locomotiva do crescimento de todo o bloco. Depois dela temos a economia do Vietnã e Tailândia, que apresentam crescimentos notórios, seguidos, surpreendentemente, pelos EUA e Japão, países que há muito não apresentavam tão significativo desenvolvimento, tendo o Japão sido considerado o “doente da Ásia”. A explicação para esse crescimento é chamada “economia de conhecimento”. Segundo estudos, quanto maior é o progresso do país nos setores baseados no conhecimento, (informática, comunicações e pesquisa) maiores são seus índices econômicos gerais e mais seguro é seu crescimento. A ciência universitária e corporativa, a compra e venda de informações e propriedade intelectual, a aplicação de conhecimentos na atividade empresarial formam um sistema que foi chamado de “produção de conhecimentos”. E esta é uma produção que, como se torna agora evidente, muda os destinos de países inteiros e promove o desenvolvimento de toda a região. Vale destacar a situação da Rússia perante esse novo sistema, que apresentou um crescimento de 6% e que graças ao seu potencial da “economia do conhecimento” pode depositar esperanças no prosseguimento deste crescimento. Apesar da diferença dos EUA na APEC (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico), o Japão vem liderando e ampliando sua área de influência econômica e comercial na região do Pacífico Sul, seguido pelos países denominados “Tigres Asiáticos”. (Coréia do Sul, Hong Kong, Taiwan e Cingapura,). Esses países receberam esse nome devido ao grande crescimento econômico apresentado nos últimos anos.
No período após a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos assumiram a liderança econômica e militar na bacia do Pacífico. Investiram muito capital no Japão, Filipinas, Formosa ou Taiwan, Coréia do Sul, Hong Kong e Cingapura. Tratava–se, no ambiente de Guerra Fria, de uma estratégia geopolítica dos EUA para conter uma provável expansão do socialismo na região.
Após sua reconstrução e recuperação econômica, o Japão passou a participar ativamente dos investimentos industriais em muitos países da região, principalmente dos Tigres Asiáticos.
O crescimento e o desenvolvimento da economia japonesa após a Segunda Guerra levaram o país a formar uma grande área de influência regional que abrange vários países do Sudeste Asiático, além da Austrália e da Nova Zelândia. O poderio econômico e tecnológico do Japão se impôs nessas regiões sem que fosse necessário um tratado ou a formação oficial de um bloco econômico para regulamentar as trocas comerciais nesse conjunto de países.
Apesar de os EUA serem, ainda, o principal parceiro comercial do Japão, seguidos da Coréia do Sul e da Alemanha, a presença econômica japonesa na Ásia e Oceania é muito grande. Para se ter uma idéia, o comércio com os países asiáticos, onde se destacam Mianma (antiga Birmânia), Filipinas, Malásia, Indonésia, Tailândia e Cingapura, corresponde a um quarto do total das exportações e importações japonesas.
A intensificação do comércio japonês com a Austrália tem sido realizada a passos largos, sendo atualmente esse país da Oceania seu quarto parceiro comercial. A Austrália importa máquinas, equipamentos elétricos e eletrônicos e outros produtos e exporta principalmente minério de ferro e produtos agrícolas. Para a Austrália, o Japão é o maior mercado externo comprador.
Com relação à China, nota–se uma investida japonesa nas chamadas Zonas Econômicas Especiais (ZEE), onde as empresas possuem privilégios oferecidos pelo Estado.
Em 1979, a China criou quatro zonas econômicas especiais (ZEE), onde é permitido às empresas estrangeiras investir capital e tecnologia, em associação com empresas estatais chinesas, ou até mesmo sem associação. Investindo nas ZEE, as empresas gozam de privilégios oferecidos pelo Estado, como, por exemplo, facilidades na exportação e importação.
Depois de 1984, foram criadas outras zonas para o investimento estrangeiro em quatorze cidades costeiras. Essa abertura tem dinamizado a economia.
Estruturou-se na Ásia e em parte da Oceania uma grande zona de influência exercida pelo Japão, que deseja constituir – se na maior potência econômica já no início do século XXI. Há indícios de que, além de potência econômica, o Japão deseja se tornar uma grande potência militar.
A militarização do Japão – Com o término da Segunda Guerra, 1945, os Estados Unidos impuseram ao Japão uma série de restrições, entre elas a desmilitarização das forças armadas. Pela Constituição, era permitido ao país manter apenas forças de autodefesa. Essa restrição permitiu que o dinheiro a ser investido em tropas, equipamentos, armamentos etc. fosse canalizado para o desenvolvimento econômico. Assim, durante cerca de cinqüenta anos, o Japão desenvolveu – se economicamente sob a proteção militar dos EUA, que mantinham ali uma enorme força militar para contrabalançar a presença das forças soviéticas localizadas a pouca distância, bem defronte ao Mar do Japão.
Nos últimos anos o Japão tem procurado aumentar suas forças militares. Para isso tem despendido 34 bilhões de dólares por ano, quantia que o coloca numa posição de quinto orçamento militar em todo mundo. Segundo avaliações internacionais, o Japão já é a segunda potência militar da região, perdendo apenas para a China.
Abandonando pela primeira vez sua postura no pós–guerra, em 1992 forças militares japonesas integram as tropas da ONU que administraram a paz entre as forças que desencadearam a guerra civil no Camboja. O governo japonês conseguiu aprovar no Parlamento o envio de tropas àquele país, contrariando o texto constitucional. E, por incrível que pareça, isso ocorreu por pressão dos EUA, que antes haviam imposto restrições à existência de forças armadas no Japão do pós – guerra.
Esses fatos têm preocupado não só países vizinhos como também setores da opinião pública japonesa.

Questões 8ª Série UE e APEC


1) Qual o objetivo da formação dos blocos econômicos?
2) O que é globalização e qual a consequência da globalização para os blocos econômicos?
3) O que fizeram os países para conquistar novos mercados internacionais?
4) Quais são os blocos econômicos mais conhecidos?
5) Para a formação dos blocos econômicos os países firmam acordos comerciais entre si. O que ficam estabelecidos nesses acordos?
6) Qual é o órgão que cuida das transações comerciais internacional. Qual a sua função?
7) No período pós-guerra os EUA ofereceram ajuda financeira aos países europeus. Qual foi objetivo dos EUA?
8) Os franceses e os alemães articularam uma integração econômica e social que foi aceita pelos outros países europeus, após a Segunda Guerra. Qual era o interesse desses países?
9) Quais são os países da Europa desenvolvida que não fazem parte da atual União Européia?
10) Faça uma síntese sobre a constituição ou formação da União Européia desde 1951 até a última adesão.
11) Por que a União Européia é um modelo para a formação dos outros blocos econômicos da atualidade e o que a diferencia desses blocos?
12) Faça um resumo sobre as instituições da União Européia, suas atribuições e funções básicas?
13) Explique por que os países membros da União Européia mesmo com todas as instituições, possuem soberania para determinar suas políticas econômicas e sociais internas.
14) Caracterize a União Européia como a principal potência econômica do mundo, comparando-a com outras potências, como por exemplo EUA e Japão.
15) Qual a diferença entre geopolítica e geoestratégia?
16) O que é Guerra Fria?
17) Explique a separação e a reunificação da Alemanha.
18) Por que podemos dizer que o muro de Berlim foi o símbolo da Guerra Fria?
19) Explique a competição política e econômica entre a U.E e os E.U.A.
20) O que é o ALCA e qual era o interesse e a preocupação dos E.U.A em assinar o ALCA em 2003?
21) Por que alguns países da U.E como o Reino Unido, Dinamarca e Suécia não aceitaram o euro?
22) Qual o risco para os E.U.A de uma eventual valorização do euro?
23) Por que o dólar se tornou moeda de referência no mundo todo?
24) Qual foi o grande objetivo da Conferência de Bretton Woods de 1944?
25) Qual o significado do termo moeda de referência do mercado internacional?
26) Faça um comentário sobre as duas grandes organizações financeiras mundiais criadas na Conferência de Bretton Woods.
27) Por que a União Européia, maior integração econômica do mundo , tem tantos desafios a enfrentar?
28) Quais são os maiores desafios econômicos para a União Européia?
29) No desafio político e social o que é mais urgente para a União Européia?
30) O que é democracia?
31) O que é xenofobia?
32) Em 2000, qual era a taxa de desempregado na U.E e essa taxa correspondia a quantos trabalhadores sem emprego entre a PEA (População Economicamente Ativa)?
33) Quais são as causas do desemprego na União Européia?
34)Qual a ação social dos países membros para essa grande taxa de desempregados?
35) O que prevê o Tratado de Maastricht e o que coloca em risco as suas metas?
36) Algumas metas traçadas pelo Tratado de Maastricht causaram reações negativas em determinados setores da economia e na população de alguns países. Que reações foram essas?
37) Qual a diferença entre déficit público e superávit?
38) Quais são as medidas econômicas para diminuir o déficit público imposta pelo Tratado de Maastricht? Faça comparação com o Brasil.
39) Escreva como é a APEC.
40) Quais são os países denominados Tigres Asiáticos?
41) Por que recebem esse nome?
42) No período denominado Guerra Fria, houve um grande investimento dos Estados Unidos nos países asiáticos. Qual foi a estratégia geopolítica dos EUA e em qual outra região da Europa ele usou a mesma geoestratégia?
43) O texto relata uma área de influência do Japão com o Sudeste Asiático e países da Oceania. Escreva como isso acontece e o que diferencia a APEC da UE?
44) Explique a relação comercial desfavorável entre o Japão e a Austrália?
45) O desenvolvimento socioeconômico dos Tigres Asiáticos está relacionado com a forte atuação do Estado, que protege a indústria nacional, inspirado no modelo político e econômico japonês e norte-americano. Explique isso baseado no texto.
46) Explique como os EUA conseguiram desmilitarizar as forças armadas do Japão, após a Segunda Guerra.
47) Quais foram os benefícios para o Japão da ajuda militar oferecida pelos EUA?
48) Explique o que é Guerra Civil e quais foram as reações das forças de paz do Japão enviadas ao Camboja.

Consultar matéria no site: http://profjanalves.blogspot.com
Folha 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 e 11


sexta-feira, 10 de julho de 2009

Após ver o vídeo "O efeito formiga" leia a reportagem do jornal o Estado de São Paulo sobre o assunto.

Reportagem: Serra da Cantareira e Represa Billings

Localização

Áreas em cada um dos municípios: Serra da Cantareira
São Paulo - 4.355,19 Hectares
Guarulhos - 2.619,4 hectares
Mairiporã - 765,73 hectares
Caieiras - 176,20 hectares
Total da área do parque - 7.916,52 hectares

Dados gerais
· Estado - São Paulo.
· Região - Sudeste.
· DDD – 011.
· Altitude – Variam de 715 a 1.215 metros.
· População – 10.435.546 habitantes - São Paulo (Fonte: IBGE / Censo 2000).



Mapa da Grande São Paulo










A Serra da Cantareira é uma serra brasileira localizada ao norte da cidade de São Paulo e municípios da Grande São Paulo, como: Caieiras, Mairiporã e Guarulhos.
A Serra da Cantareira é coberta por uma grande extensão verde, que é a floresta Atlântica.
No alto da serra, encontram-se vários bairros e condomínios de alto padrão.

Leia a reportagem do Jornal O Estado de São Paulo, Folha Metrópole, 24 de junho de 2009.







Na Cantareira, ameaça surge com bufês.

Um raio de 10 km no entorno do parque perdeu 52 hectares de mata.

A menos de 10 km da capital, o silêncio da mata e o ar puro causam impacto agradável no paulistano que acabou de sair da “cidade”. Áreas de proteção ambiental estratégicas para a produção de água, que deveriam ser preservadas, são vendidas a qualquer custo. A venda de imóveis é indiscriminada tanto na Serra da Cantareira quanto ao redor da Billings.
Segundo a organização não governamental (ONG) SOS Mata Atlântica, existe um “efeito formiga” que destrói a Serra da Cantareira e está sendo fomentado, entre outros motivos, pela explosão de bufês de casamentos e de aniversários em chácaras. Ao contrário dos anos 90, quando a devastação atingia áreas dentro do Parque Estadual, o desmatamento ocorre agora nas bordas da serra. Márcia Hirota, ambientalista da SOS, afirma que um novo estudo da ONG, em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), aponta que um raio de 10 km no entorno do Parque Estadual perdeu 52 hectares, 28 deles na parte de Mairiporã.
Em 11 dos 52 hectares com suspeitas de devastação, os técnicos do Inpe ainda estão fazendo análises para descobrir quem são os responsáveis. “O satélite não tem tanta precisão em apontar os desmatamentos de 1 a 1,5 hectare. Precisamos fazer uma checagem ao local. Mas o que percebemos é a venda ilegal de terrenos e de sítios para bufês se multiplicando.” Na Estrada da Roseira, por exemplo, no limite entre São Paulo e Mairiporã, a profusão de placas de “vendem-se terrenos” tenta aguçar o futuro cliente. Por R$ 22 mil é possível comprar uma área de 3 mil m², suficiente para construir um pequeno refúgio no meio da Cantareira. Frases do corretor de imóveis na cidade de Mairiporã. “Se for tentar uma licença para construir nesta cidade, você nunca consegue. O negócio é comprar e construir. Ninguém vai tirar você do sítio, depois que estiver pronto”, avisa João Paulo, um corretor de imóveis da região. Segundo o mesmo corretor, a 30 km de distância, no entorno da Billings, terrenos sem escrituras também são vendidos para pessoas que querem ter uma chácara à beira da represa.
Apesar de o governo do Estado ter lançado campanhas e ações para tentar congelar a ocupação nas bordas das duas principais áreas de mananciais da capital paulista, corretores seguem vendendo terrenos a preços baixos e com a promessa de que não haverá problemas com a fiscalização. Nos últimos dois anos, a Guarda Ambiental demoliu 64 imóveis construídos ilegalmente nas bordas da Cantareira. Das nascentes da Cantareira e da Billings, sai a água para abastecer 9 milhões de pessoas na Grande São Paulo.
Segundo o secretário estadual de Meio Ambiente, Xico Graziano, quem comprar terreno na serra sem documentação pode se dar mal. “ Quem construir sem autorização corre o risco de perder dinheiro. Estamos atentos a qualquer nova edificação”, disse o secretário. Desde o dia 16 de junho de 2009, cerca de 60 policiais fazem blitze na Cantareira contra ocupações irregulares. As ações do governo, porém, não inibem corretores de Mairiporã. Terrenos com riachos e mata nativa são oferecidos na maior parte das imobiliárias. “Aqui tudo é manancial, se fosse para ter autorização, ninguém constrói nada e não tem trabalho pra ninguém”, diz o corretor João Picchini.









Projeto regulariza 200 mil imóveis às margens da Billings
Segundo ambientalistas, “anistia” beneficia invasões e habitações precárias; lei aguarda sanção do governador.

A Lei Específica de Proteção da Represa Billings, que abastece 1,6 milhão de pessoas na Grande São Paulo, regulariza a posse em mais de 200 mil imóveis localizados às margens do manancial, onde aproximadamente 1 milhão de pessoas moram. Isso inclui áreas de invasões e muitas habitações precárias às margens da represa, que colocam em risco a vida dos habitantes e do próprio manancial. O texto, aprovado na Assembléia Legislativa, aguarda sanção do governador José Serra, o que deve ocorrer nas próximas semanas, segundo a Secretaria da Casa Civil. Com a publicação, as normas entrarão em vigor em seis meses.
Pelo projeto, as prefeituras de São Paulo, São Bernardo do Campo, Santo André, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra deverão adaptar os Planos Diretores aos novos parâmetros de regularização fundiária. Também são os prefeitos quem deverão propor as compensações ambientais para ocupação, que deixam de ser de responsabilidade do dono das terras. Há anos é desenvolvido esforço para evitar maior desmatamento na região e evitar que o esgoto seja despejado in natura na Billings.
O texto aprovado pelos deputados estaduais dá uma “anistia” para ocupações irregulares. Ganhará a escritura o morador de imóveis que tenham área inferior a 125 m². No entanto, por ser uma definição que não constava do texto original do Executivo, essas medidas pode sofrer modificações. Por outro lado, determina-se a remoção de moradores instalados nas chamadas áreas de primeira categoria. São casas erguidas nas Áreas de Recuperação Ambiental 1 (ARA-1), cujas características não possam estar contidas em Programas de Recuperação de Interesse Social (Pris).
A nova orientação para a ocupação imobiliária nas margens da represa, porém, preocupa os ambientalistas. Acredita-se que crescerá a especulação imobiliária, com a regularização dos lotes ocupados há mais de 30 anos, além de agravar a situação do reservatório. “Muita gente que conseguir a escritura poderá vender o imóvel e ocupar um novo lote em regiões ainda mais para dentro das zonas de proteção”,critica Carlos Bocuhy, integrante do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema).
Conforme ele, o adensamento popular na região chega a 4 mil pessoas por km², índice similar a de muitos bairros da área expandida da capital. “Essa lei é um grande projeto de regularização fundiária. Não se pensou na sustentabilidade da Billings”, afirma.
O deputado estadual Orlando Morando (PSDB), de São Paulo, discorda do ambientalista e alega que novas ocupações podem ocorrer apenas até a sanção da lei. “Depois, a legislação será mais dura. Vai ficar difícil fazer novas invasões. A regularização dos lotes está atrelada a compensações ambientais, como criação de áreas verdes. As invasões receberão um freio e também será definida a propriedade no uso das águas do reservatório”.
Eduardo Reina
O Estado de São Paulo, 24 de junho de 2009.

Venda de terrenos próximos da Billings ocorre sem restrições

No ABC, corretora disponibiliza lote a R$ 15 mil, ao lado da represa: “É ideal para chácaras”
O comércio de terrenos no entorno da Represa Billings, nas cidades da região do ABC, é feito sem restrições, até mesmo em áreas com fundos para o manancial, localizadas em zonas que não poderiam ser ocupadas. Grande parte dos lotes à venda nem sequer tem registro em cartório. Isso provoca maior adensamento populacional em área de proteção ambiental e mais esgoto jogado diretamente nas águas. Em São Bernardo do Campo, que tem 60% da Billings em seu território, corretores alardeiam a qualidade de uma área de 5 mil m² chamada de “galinha morta”, pela facilidade de compra a baixo custo. O terreno à venda, com fundos para a represa, fica no bairro de Riacho Grande e custa R$ 15 mil.
A corretora, que se identifica como Inês, diz que possui escritura do lote, mas não conseguiu identificar a planta na prefeitura. Ela garante que o local é legalizado e não há invasão. Durante conversa com a reportagem, Inês falou que, mesmo se o terreno esteja ocupado, “quem tem o direito sobre a terra é você''. Passa a primeira balsa, anda 15 quilômetros por estrada de terra e chega ao bairro. É o Parque Billings, com algumas casas, bem afastadas. Local ideal para se fazer uma chácara. Muito bom. "Você não pode perder a oportunidade”.

“Era bom. Hoje é casa sobre casa”, diz morador de Diadema

Em Diadema, áreas são ocupadas no bairro Eldorado há mais de 25 anos e seguem sem escritura. Um terreno custa mais de R$ 40 mil. “Antes, aqui era bom, com pouca gente. Hoje é casa sobre casa e morros onde as pessoas ficam penduradas umas sobre as outras”, critica o morador Virgílio Farias. “Durante a vigência da Lei dos Mananciais houve muita invasão, incentivada pela especulação imobiliária e pela fome político-eleitoral. O Estado não desapropriou e a prefeitura transformou tudo em área urbana, para cobrar IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano)”.
Já um terreno no Parque Miami-Riviera, em Santo André, também à beira da represa, custa hoje entre R$ 20 mil e R$ 30 mil. No chamado corredor Polonês, na outra margem, junto à Rodovia Índio Tibiriçá, a degradação é visível vários loteamentos ilegais ganham corpo, como o Jardim Caçula. No extremo sul da capital, na Chácara Cantinho do Céu, um terreno de 125 m² custa pelo menos R$ 8 mil.
Texto de Eduardo Reina
O Estado de São Paulo.


terça-feira, 16 de junho de 2009

Redação: As desigualdades sociais política e econômica na América

Escreva com suas palavaras sobre as desigualdades sociais: como condições de moradia e emprego[...] as relações diplomáticas ou políticas entre esses países e a desigualdade econômica, como diferença tecnológica interna entre eles e as relações comerciais entre si.