sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

A formação de grandes blocos econômicos folha 1,2,3 e 4

A formação de grandes blocos econômicos

A globalização acirrou ainda mais a competição econômica entre os países e desencadeou uma verdadeira guerra comercial na disputa por novos mercados.
Na tentativa de conquistar esses mercados e ampliar a participação no comércio internacional, muitos países estabeleceram alianças e aprofundaram suas relações comerciais com outros países por meio da formação de grandes blocos econômicos. Alguns desses blocos surgiram há cerca de mais de cinco décadas e outros são mais recentes, como o Mercosul, do qual o Brasil faz parte, formado em 1991. O Nafta (North American Free Trade Agreement), que em português significa "Acordo de Livre Comércio da América do Norte" que entrou em vigor em janeiro de 1994. A União Européia, no entanto, vem sendo constituída desde o final da década de 1950.
Para a formação dos blocos econômicos, os países firmam acordos comerciais entre si, estabelecendo a eliminação de barreiras alfandegárias, a cobrança de impostos reduzidos e equivalentes para seus produtos e, ainda, a livre circulação de mercadorias, pessoas e serviços entre os países membros, além de outras medidas. Todas elas visam estimular as relações de comércio entre esses países.
Muitos países que participam do comércio internacional são membros da OMC (Organização Mundial do Comércio), que promove e regulamenta as transações comerciais para que nenhum país seja lesado.

A União Européia

Depois da Segunda Guerra Mundial, o surgimento de duas superpotências, Estados Unidos e União Soviética, estimulou alguns países europeus a se unirem economicamente. Com isso, poderiam fortalecer-se em suas relações com os Estados Unidos, com a União Soviética e também com outros blocos de países. Ao mesmo tempo, acabariam com as disputas que tanto os haviam enfraquecido.
Em 1958 foi criado o Mercado Comum Europeu (MCE), também chamado de Comunidade Econômica Européia (CEE). No início, o MCE reuniu seis países: França, Alemanha Ocidental, Itália e os países do Benelux.
Unindo-se economicamente, os países-membro dessa organização obtiveram muitos benefícios. Isso despertou o interesse de outros países europeus. Em 1973, o Reino Unido, a Irlanda e a Dinamarca ingressaram na CEE. Em 1981 foi a vez da Grécia e, em 1986, de Espanha e Portugal.
No final de 1991, os doze países da CEE assinaram o Tratado de Maastricht, ampliando os objetivos de um mercado comum. Por esse documento, comprometeram-se a eliminar quaisquer barreiras existentes entre eles, tendo em vista a livre circulação de mercadorias, dinheiro e pessoas. Pelo mesmo tratado, ficou estabelecida a criação de uma moeda única até o final do século e foi introduzida a noção de cidadania européia.
A União Européia é formada pelos países da Europa desenvolvida. Esses países ficaram arrasados pela Segunda Guerra Mundial e depois tornaram um dos principais centros da economia mundial contemporânea.
Ao término da Segunda Guerra, a Europa estava arruinada, e grande parte de seu setor produtivo estava destruído. Aproveitando - se dessa situação, os EUA lançaram um projeto de reconstrução daqueles países, conhecido como Plano Marshall.
O maior objetivo do governo norte - americano era consolidar sua influência sobre aquela região, impedindo o avanço do socialismo soviético, que já se expandia pelo Leste Europeu.
A ajuda econômica norte - americana se deu por meio de grandes financiamentos, o que permitiu uma rápida recuperação dos países destruídos pela guerra. Contudo, a euforia causada pelo crescimento econômico da Europa, decorrente da ajuda recebida com o Plano Marshall, não eliminou o rancor existente entre os países, antigos inimigos de guerra. Essa situação poderia fazer renascer os nacionalismos que tinham originado o recém - terminado conflito. A fim de impedir que as rivalidades se intensificassem, houve uma articulação política, sobretudo entre franceses e alemães, para criar projetos que permitissem a integração econômica e social entre seus países.
Desde então, os acordos se estenderam a outras nações, culminando com a formação da atual UE. Houve uma grande integração econômica entre os países da Europa desenvolvida, com exceção da Islândia, Noruega e Suíça, que ainda não aderiram ao bloco.

Constituição ou formação da União Européia

1951 - Assinatura do Tratado de Paris para a criação da CECA (Comunidade Européia do Carvão e do Aço), que reuniu seis países: Alemanha Ocidental, França, Itália, Bélgica, Holanda (Países Baixos) e Luxemburgo. Com esse tratado, estabeleceu - se a livre circulação de carvão, ferro e aço entre os países membros, como forma de dinamizar o crescimento de seus respectivos parques industriais.
1957 - Assinatura do Tratado de Roma, que transformou a CECA na CEE (Comunidade Econômica Européia). Esse tratado assegurou a livre circulação de pessoas, mercadorias (com pagamento de imposto único), serviços e capitais entre os países membros.
1973 - A CEE aceita a adesão do Reino Unido, da Dinamarca e da Irlanda.
1981 - A Grécia é aceita na CEE.
1986 - Portugal e Espanha também se integram à CEE.
1990 - A ex - Alemanha Oriental é incorporada à CEE após sua reunificação com a Alemanha Ocidental.
1993 - Entra em vigor o Tratado de Maastricht (na Holanda), que substitui a denominação CEE por União Européia. O tratado prevê o aprofundamento da integração entre os países membros, tanto no âmbito econômico quanto político e militar.
1995 - A União Européia recebe a adesão de mais 3 países: Áustria, Finlândia e Suécia.
2004 - A União Européia recebe a adesão de mais 10 países que antes de 1990 eram socialistas e que com a queda do socialismo entrou para a economia de mercado. Conseguindo integrar com os demais países da U.E. passa a fazer parte do bloco econômico. São eles: Chipre, Eslováquia, Eslovênia, Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia, Malta, Polônia e República Checa.
2007 – No dia 01/01/07 houve a adesão de mais dois países: a Bulgária e a Romênia.

As instituições da União Européia

A formação da União Européia tem sido um processo longo e gradativo, que se dá por meio de inúmeros tratados que visam a consolidar e ampliar as relações entre os países membros. O bloco econômico europeu, por ser o mais antigo (formado há mais de 50 anos), serviu também de modelo para a formação dos demais blocos econômicos que hoje atuam no cenário geopolítico mundial, como o Nafta, o Mercosul e a Apec. As características da U.E, contudo, diferem bastante daquelas apresentadas pelos demais blocos econômicos, o que se explica, principalmente, pelo fato de sua integração encontrar-se em um estágio bem mais avançado. Prova disso é que a U.E possui um conjunto de instituições com poderes próprios, cujas decisões devem ser seguidas pelos governos, empresas e cidadãos de todos os países membros. A legitimidade legada a essas instituições confere à U.E uma espécie de poder supranacional. O quadro abaixo mostra as principais instituições que regem a U.E e quais são as suas atribuições funcionais básicas.
Tabela a parte
Mesmo com a existência das instituições, os Estados membros ainda possuem soberania para determinar suas políticas econômicas e sociais internas. Ás instituições da U.E cabem decisões mais amplas, que devem atender aos seguintes setores e abranger as seguintes metas:
Econômico: regulamentar as taxas de juros, mantendo o controle inflacionário e garantindo a emissão do euro, moeda única que deverá ser utilizada por todos os países da União Européia.
Social: estabelecer prioridades sociais, como o combate ao desemprego e o controle sobre a imigração;
Ambiental: formular metas que visem à preservação do meio ambiente, como, por exemplo, a proteção de parques e reservas naturais e o combate à poluição;
Militar: criar um sistema de defesa comum, com a organização de um único conjunto de forças armadas.
A realização de todos esses objetivos, todavia, tem sido uma tarefa extremamente árdua, na medida em que a efetivação de tais mudanças nem sempre coincide com os interesses de todos os países.
A sede da U.E fica em Bruxelas, na Bélgica. Algumas instituições do bloco também estão sediadas na França e em Luxemburgo.


União Européia na busca pala hegemonia mundial

Tabela a parte

A tabela sobre os indicadores econômicos, mostra que a União Européia, assim como os E.U.A e o Japão, constitui hoje uma das principais potências do cenário econômico mundial. A posição de destaque em que se encontra o bloco europeu decorre principalmente do fato de seu PIB já ter ultrapassado o dos E.U.A e de seu comércio representar cerca de 40% do total mundial. A pesquisa foi feita entre 1993 a 2000, portanto, com apenas os 15 países que formavam a U.E na época.
Essa expressividade econômica alcançada pela União Européia no Mundo demonstra que a integração entre aqueles países tem sido um grande sucesso. Além de levar a Europa a uma condição de destaque no quadro econômico mundial, a consolidação da U.E vem sendo responsável por uma nova configuração no panorama geopolítico atual.
Geopolítica é a relação de poder entre os países, ou seja, a forma pela qual os Estados fazem a sua política no plano geográfico ou espacial. São elementos de fundamental importância na geopolítica o poderio militar de cada país, bem como os planos e os estratagemas de cada Estado com vistas a manter ou reforçar o seu poder, tanto na escala internacional como dentro de suas sociedades. Essa estratégia, essa técnica de planejar e executar movimentos bélicos, possui também uma dimensão espacial ou territorial: é a geoestratégia.
O fortalecimento do bloco, associado ao fim da Guerra Fria, vem contribuindo para o estreitamento dos laços políticos entre os países membros, condição fundamental para evitar a ocorrência de conflitos naquele continente. Alguns países ex - socialistas do Leste Europeu, que solicitaram sua adesão à U.E, foram aceito pelo bloco em 2.004: Chipre, Eslováquia, Eslovênia, Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia, Malta, Polônia e República Checa. Essa adesão significa que as cicatrizes ideológicas, deixadas por décadas de isolamento entre os países da Europa ocidental (capitalista) e oriental (socialista), foram eliminados do continente.
Guerra Fria foi a disputa ideológica entre os Estados Unidos (capitalista) e a ex-União Soviética (socialista). Os Estados Unidos (capitalista) impediam o avanço do socialismo e a União Soviética (socialista) impedia o avanço do capitalismo.
Ideologia é um conjunto de idéias, capitalista, socialista, religiosa ...

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